quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Rock? Sério?

Dia 23/09 começa um festival de música na cidade do Rio de Janeiro, popularmente conhecido por nós como Rock in Rio. Essa será a quarta edição do festival no Brasil, pois tem edições do Rock in Rio Lisboa e do Rock in Rio Madrid (WTF?).

Na primeira edição, em 1985, o Rock in Rio, que ainda não havia se tornado uma marca, trazia bandas de rock de qualidade para o solo brasileiro. Nesta edição vieram Queen, Whitesnake, Iron Maiden, AC/DC, Scorpions, Ozzy Osbourne, Yes e outras bandas pouco conhecidas (ou conhecidas nacionalmente), mas que tocavam o bom e velho rock ‘n roll. Meu pai sempre diz que o Rock in Rio, de verdade, foi o primeiro.

Além disso, como já é de praxe, inclui-se na programação (em todas as edições) artistas nacionais que não tocam rock, mas que no evento arriscam uns covers. Estavam na primeira edição do Rock in Rio: Gilberto Gil, Elba Ramalho, Milton Nascimento, Alceu Valença, Morais Moreira e outros. Daí pra frente, a coisa foi piorando.

A segunda edição do festival foi em 1991 e da programação se aproveitam (pelo menos para mim) Megadeth e Judas Priest. A idéia do ROCK estava começando a ser deturpada quando olhamos a programação e vemos muitas bandas de pop ao invés de bandas de rock!

Em 2001, eu estava no Rio de Janeiro e quase me levaram pra um show do Guns ‘n Roses que eu só conhecia aquele riff maldito do “Sweet Child ‘O Mine”. Acabei não indo porque estava sob a “tutela” da minha avó e ela (claro!) não permitiu que eu fosse. Mas essa edição foi a que nos levou à conclusão de que Rock in Rio havia se transformado em um evento de música POP.

Nesse ano, estiveram no palco: Daniela Mercury, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Carlinhos Brown (e a cena épica da chuva de latinhas, garrafas e copinhos), Britney Spears, N’Sync, Sandy e Junior, Aaron Carter e outros. Dessa edição, me lembro da deprimente performance do Gilberto Gil e do Milton Nascimento cantando, na abertura, “Imagine” do John Lennon. Olhava para a TV e falava alto: “QUE PORRA É ESSA?!”. Eu não sei se vocês se lembram disso, mas eu procurei o vídeo no YouTube pra colocar aqui e pelo visto, ninguém gravou aquilo.

2011 não vai ser diferente. Eles dividiram alguns dias em pop, rock, metal, rock alternativo e só não vai ter dia emo, porque acaba em tragédia. Olhando a programação vemos artistas como: Nx0, Claudia Leitte, Shakira, Elton John, Marcelo D2, Ivete Sangalo, Rihanna, Legião Urbana (vai ter mesa branca!), Lenny Kravitz e outros... E de toda a programação, eu salvo uns três ou quatro e olhe lá!

Enfim, o dia em que o Rock in Rio se igualar aos festivais da Europa, como o Wacken e o Gods of Rock, voltaremos a conversar sobre esse assunto. Enquanto isso, seremos obrigados a aturar a bajulação da mídia em torno de um evento que não chega nem perto do verdadeiro rock ‘n roll.


Até a próxima!

sábado, 16 de julho de 2011

Finalmente o fim de Harry Potter


Dez anos se passaram desde que o primeiro filme da saga “Harry Potter” lotava as salas de cinema. Eu, que estava na 6ª série, não entendia muito bem por que aquilo virou mania entre as pessoas da minha idade. O que havia naquele bruxo que virou sensação nas aulas de literatura?

No ápice da Internet discada só se ouvia falar nos livros, nos personagens e que J.K. Rowling era a melhor escritora. Nessa época, eu lia “O Hobbit” de J.R.R. Tolkien e tinha certeza absoluta de que Rowling não passava de uma mera autora de livros infantis. Você que gosta do bruxinho vai certamente discordar de tudo que eu disser aqui.

Na escola, a professora mandava ler os livros da série, mas eu me recusava. Não ia ser influenciada por modinhas ou porque alguém disse que aquilo era bom. Certa vez, a professora pediu para que nós lêssemos um dos livros (não me lembro qual) e cada um ficou com um capítulo que teria que explicar para a sala.

Sim, eu li... O capítulo, logicamente. E não entendi absolutamente nada da história, pois era um capítulo no meio do livro, mas consegui explicar com certa convicção. Obviamente, se a professora ler isso aqui, vai descobrir que não li o livro... Desculpe-me, professora!

Aquilo criou um fanatismo doentio nas pessoas e eu tentava, embora que em vão, reverter isso. Em todos os cantos da galáxia eu só ouvia falar no maldito bruxo. Na Internet, agitava as salas de bate-papo zoando com todo mundo que idolatrava os livros que eram lançados. Naquele tempo era permitido xingar as pessoas na internet sem ser acusado de bullying... rsrs...

Os tempos se passaram e, oito filmes depois, chegamos ao fim da saga. Eu não imaginava que uma história tão chata duraria tanto tempo. Na verdade, não sei o que vai ser dos fanáticos pela saga. Essas pessoas tinham uma razão para viver entre um filme e outro. Elas criavam expectativas, especulavam sobre o destino da história e faziam questão de irem fantasiados nas estreias. Agora que acabou, não se sabe sobre o futuro delas...

Pelo bem da humanidade, o último filme estreou há pouco tempo. Esperei ansiosamente por esse momento. Parece (pelo o que li na Internet) que o Harry Potter não morre no final e isso não é um final interessante para um filme. O que eu mais temo é que esse papo de ser o último seja apenas marketing e que autora invente de lançar continuações...

Enfim, por mais que o tempo passe e que amadurecemos nossas opiniões e pensamentos a respeito, continuo não gostando e espero que nos poupem dessas historinhas ridículas pelos próximos dez anos...


Até a próxima ! !


*Se você é um super fã do Harry Potter e se sentiu ofendido com o que eu escrevi aqui, continue ofendido porque é isso o que eu acho sobre você!