sábado, 19 de fevereiro de 2011

Horário de Verão

“Hoje à meia-noite termina o horário de verão”.

Isso soa como música aos meus ouvidos! O horário de verão surgiu para termos a certeza de que o inferno é aqui mesmo. Quando começa, o corpo parece rejeitar instantaneamente a mudança no horário. Realmente é estranho acordar às 9h, sendo que na verdade já são 10h.

Na verdade o horário de verão surgiu com o intuito de aproveitarmos melhor os dias de verão, que são mais longos. Economiza-se energia e temos o sol brilhando até quase 20h. Eu, sinceramente, não gosto... Primeiro, meu corpo naturalmente parece nunca se adaptar. Segundo, sinto um estranho cansaço, parece que faltou uma hora a mais de sono. Terceiro, o calor sempre é insuportável. E quando eu acho que estou quase me acostumando, ele acaba...

É incrível, mas eu sempre confundo, no começo e no final, o ajustamento dos relógios e nunca sei se é para atrasar ou adiantar, isso me causa uma enorme confusão. Então deixo quieto, no dia seguinte eu vejo um relógio ajustado e arrumo os meus (quando eles não são espertos o suficiente para se ajustarem sozinhos!).

Quando termina, temos que atrasar os relógios (acho que eu aprendi). Eu me sinto numa cápsula do tempo. Penso sempre que eu devo repetir o que estava fazendo. Como num filme, apertamos o << e voltamos uma hora no tempo. E o pior é quando acordo, olho um relógio que não foi ajustado e percebo que dormi demais, quando na verdade, acordei cedo...

Por mim, esse horário de verão já deu. Quero voltar a ver o céu estrelado quando volto do trabalho e não mais o sol na minha cara. Os dias ficarão mais frescos e o calor insuportável do verão tende a diminuir (acredito) com a proximidade do outono. Veremos o horário de verão novamente na segunda semana de Outubro.

Daqui a pouco, voltaremos no tempo! Então aproveite essa hora a mais!

Até a próxima!



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

V de Vingança

Li recentemente uma obra-prima. Escrita por Alan Moore e desenhada por David Lloyd é intitulada “V for Vendetta”, traduzida aqui como “V de Vingança”. Nessa HQ, o herói é um terrorista.

A história foi escrita no início dos anos 80 e lançada aqui no Brasil em 1989 pela Editora Globo. Em 2006 teve uma edição especial pela Panini, em volume único, colorido e com material extra. Hoje é raro encontrar um exemplar à venda.

Eu assisti ao filme primeiro, fiquei fascinada com a complexidade e a seriedade da história. Como essa é uma revista que está em falta no mercado, li a scan com cerca de 300 páginas na tela do computador. Pelo fato da leitura ser empolgante, li todas essas páginas em três dias mais ou menos...


Você pode me chamar de V


Sem muitos spoilers, a história é ambientada em um passado futurista de 1997, em Londres, e começa após o fim de um conflito político, com os campos de concentração desativados e a população complacente com a situação, até que surge “V” – um anarquista que veste uma máscara estilizada de Guy Fawkes e possui uma vasta gama de habilidades e recursos. Inicia-se então uma elaborada e teatral campanha para derrubar o Estado.

Diante de tudo isso, conhece Evey, uma garota que perde os pais durante a guerra. Tratada como mera aprendiz por parte de V, é sempre apresentada a resquícios de uma cultura perdida por causa da guerra.

A história parece tão recente que os episódios ocorridos no Egito e na Tunísia são os retratos reais do ocorrido em “V de Vingança”. A frase dita na HQ: “O povo não deve temer o governo. O governo é quem deve temer seu povo” encaixou-se perfeitamente na realidade desses países, os quais milhares de pessoas saíram às ruas e derrubaram seus governantes. Em “V”, a marca deixada foi a explosão do Parlamento.


"Lembrai, lembrai do cinco de novembro”


É uma grande crítica que se remete ao fato de que por meio da censura, não expressamos pensamentos e não manifestamos anseio por liberdade, deixando que nos manipulem, sempre seguindo regras à risca e que as informações falsas devem ser obedecidas e aceitas como verdade, sem direito a quaisquer questionamentos contrários.

Alan Moore, nem preciso dizer, é o mestre dos quadrinhos, o que torna a leitura de “V de Vingança” um pré-requisito para todos os apreciadores de HQs.


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Minhas Férias...

As minhas férias foram muito legais. Eu viajei bastante e conheci um monte de lugar bonito. Depois de uma trilha de 20 km, meus joelhos pareciam não sentir nada, era muito estranho isso. Chegamos até uma cachoeira, a água era fria, mas com o calor abrasador que estava, tive que dar um mergulho!

Era muito fundo, imediatamente pensei que morreria afogada, mas em pouco tempo estava nadando como um peixe, aquilo foi sensacional. Passei alguns dias acampada nesse lugar maravilhoso e fui para outro lugar bonito.

O mar estava ali, não tinha ninguém e suas ondas quebravam nas enormes pedras. O sol escaldante fez com que eu consumisse uma grande quantidade de sorvetes, mas o dono do quiosque parecia não estar lá, mas já que a sua geladeira estava dando sopa, eu me esbaldei...

Fiquei hospedada em um simplório Resort com piscina, sala de jogos, cinema e tinha até um SPA para relaxar um pouco. Foram mais alguns dias de descanso para quem havia um ano inteiro de trabalho pela frente.

O lugar estava vazio, não tinha ninguém para me atender, para perguntar se eu precisava de alguma coisa, mas estava tudo impecavelmente em ordem. As flores estavam bonitas e bem cuidadas, a piscina estava tão limpa que a água podia ser bebida. Estranhei um pouco, pois não haviam pernilongos ou borrachudos nesse local. Aproveitei ao máximo todos os dias, mas ainda estranhava a falta de funcionários daquele lugar...

Quando estava ficando bom, era hora de ir embora. Partimos de volta para casa, o trânsito estava tranqüilo e deu tempo de pararmos em um shopping. O estacionamento estava vazio, paramos o carro bem na porta e entramos. As lojas estavam todas abertas e não tinha funcionários, nem aqueles que insistem para que você faça um cartão. Estava no paraíso!

Ao pegar uma peça de roupa, saí da loja e logo ouvi os disparos do alarme. Eram agudos e ensurdecedores e por um momento achei que uma corja de seguranças iam aparecer para me levar, mas nada aconteceu. Os alarmes continuaram insistentemente... Foi quando eu acordei...

Era só o despertador e tudo isso não passou de um sonho...