terça-feira, 26 de outubro de 2010

Malditas Letrinhas*

Assistindo ao intervalo de algum programa, somos severamente punidos com as propagandas dessas lojas de departamentos. Geralmente uma superoferta aparece para atrair o nosso lado consumista. “É só amanhã!!” disse o escandaloso garoto propaganda. Porém, ao mesmo tempo em que o produto é anunciado, uma mensagem aparece no rodapé da tela. É humanamente impossível ler, no máximo dá para ler a primeira palavra de cada frase... “Preço... Vencimento... Juros... Prazo...”.

Pra não dizer depois que não avisaram, eles colocam esse texto para que se um dia alguém reclamar, essa pessoa não vai ter razão nenhuma, pois estava escrito no anúncio, ela que não leu... (ou não conseguiu ler)

Para deixar isso aqui mais divertido, eu tive a paciência de encontrar um comercial qualquer e ler a mensagem contida por trás daquele produto.


Um celular é anunciado de R$ 119,00 por R$ 99,00. Barato, não? Mas veja o que as letrinhas minúsculas dizem:


“Preço a vista = R$ 99,00 - Preço a prazo = R$ 118,80”


“Formas de pagamento: A vista ou a prazo com o 1º pagamento no ato da compra e os demais de 30 em 30 dias. Juros de 3,51% ao mês e 51,28% ao ano para compras parceladas em 12x no carnê. IOF incluso. Promoção válida até 7/10/2010 ou enquanto durar o estoque. Consulte outras condições de pagamento na loja mais próxima.”


Mudando para o “very hard” da brincadeira, comerciais de carros também possui suas mensagens obscuras. No final da propaganda, aparece isso aqui:

Conseguiu ler? Acho que não... Essa ainda está pequena, existem maiores e são impossíveis de ler. Eu consegui ler as três primeiras linhas:


“Garantia de 3 anos ou 100 mil quilômetros, o que ocorrer primeiro, condicionado aos termos e condições estabelecidas no Manual de Garantia e Manutenção. Imagens meramente ilustrativas. Alguns itens mostrados e/ou mencionados são opcionais e/ou acessórios. Preço a vista válido para... e blá blá blá...” (com dor de cabeça, não consegui ler mais nada!).


Existe também aquelas propagandas que diz alguma coisa e imediatamente aparece um texto logo abaixo, contradizendo tudo. É o caso da TIM. A operadora de celular afirma em sua campanha que “com Infinity você fala a vontade” e imediatamente as letrinhas lá embaixo dizem (bem rápido) “chamada para qualquer TIM”.

Em todos os efeitos, a intenção é induzir o consumidor ao engano. Existem projetos para proibir essa prática nas campanhas de marketing. Seria muito bom se isso acontecesse e as empresas fossem transparentes perante os produtos que elas oferecem. É importante alertar que antes de comprar qualquer coisa, certifique se não existe alguma mensagem tentando te enganar!


*Agradeço a sua visita e lamento o seu tempo perdido.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nick Simper e Doogie White

A madrugada do dia 7 de março de 2010 foi inesquecível. Cantava no Blackmore Rock Bar em São Paulo nada menos que Doogie White, ex-vocalista do Rainbow, Yngwie Malmsteen e do Cornerstone . Além de cantar sucessos como “Long Live Rock and Roll” e “Gates of Babylon”, cantou também clássicos do Deep Purple com a banda Purplestorm, que para mim possui músicos de alto nível. Nesse dia, Doogie completava 50 anos de vida. Ganhou bolo de aniversário (delicioso por sinal) e fez de tudo uma grande comemoração.

Doogie White foi carismático, tirou fotos, distribuiu autógrafo e ficou até o final (4:30h da manhã). Lembro que naquele dia jurei que, se ele voltasse, teria que ir novamente, mas não imaginava que ele voltaria no mesmo ano.

Acompanhado do primeiro baixista do Deep Purple, Nick Simper, Doogie White retorna ao Blackmore com os integrantes (baixista, baterista e guitarrista) da Purplestorm. Ao chegar, olhou para mim e para o meu irmão e disse: “You again!” e foi nos cumprimentar, ele havia se lembrado de nós. Pra mim, isso valeu pela noite inteira!

O primeiro set foi o show dele, abriu com a famosa “Wolf to the Moon” e fechou com um sucesso que jamais imaginaria ver ao vivo, “Don’t Talk to Strangers” de Ronnie James Dio. Profundamente emocionado, antes de sair do palco disse apenas uma mensagem: “Não se esqueçam do Ronnie James...”. Ele e Dio eram amigos de longa data.

No segundo set, saiu o baixista que tocava com Doogie para entrar o Nick Simper. Juntos, cantaram as músicas do MKI do Deep Purple. Algumas músicas eu não conhecia, mas ao vivo tudo foi maravilhoso. Fechou com “Hush”, a mais esperada da noite. Noite essa que Nick Simper completava 65 anos.

Nick sai do palco para dar lugar ao outro baixista. Doogie White volta para um bis inacreditável. Ao lado dos músicos e de toda platéia, fechou a noite com “Heaven and Hell”, outro grande sucesso de Ronnie Dio. Perto do final da música, Doogie chora novamente, deixa os palcos e simplesmente vai embora!

Quando tudo havia terminado, Nick aparece no camarote para dar atenção aos fãs. Muitos senhores levaram seus discos de vinil do Deep Purple para Nick assinar. Ganhei meu autógrafo e tirei uma foto. Fui embora contente, vendo o dia amanhecer. Espero poder assistir outra apresentação emocionante dessas em breve...

Abaixo algumas das músicas dessa magnífica noite:


Hush




Tributo ao Dio: "Don't Talk to Strangers"



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia dos Professores

O Dia dos Professores pra mim é uma data importante. Sempre faço um balanço dos bons professores e dos péssimos que passaram (e ainda passam) pela minha vida ao longo dos anos. Acredito que ser professor é algo muito além do que transferir conhecimentos, é muito mais que simplesmente entrar em sala de aula e falar uma coisa na qual sabe muito e deseja que os alunos aprendam...

De tantos professores que tive na vida, concluí que essa profissão depende não só do conhecimento em si, mas da vocação em querer ensinar. Em outras palavras, o bom professor é aquele que ensina o aluno a gostar daquilo que ele ensina.

Desde que entrei na escola, foram poucos os professores que realmente me ensinaram a gostar da matéria. Pra ter noção disso, na 3ª série do ensino fundamental, a professora não valia a pessoa que era. Malvada e cruel tentava disciplinar seu pobres aluninhos como uma sargentona de quartel. Não me esqueço da sua voz grossa (era praticamente a encarnação do satanás) e sua “delicadeza” ao conversar com seus pupilos.


“Você acha que eu tenho cara de bebedouro?” disse ao aluno sedento que queria apenas beber um pouco d’água.


“Pare de chorar, menina! Nem deve estar doendo tanto!” disse para mim quando acidentalmente dei uma cabeçada na quina da mesa (ela não sabia, mas estava doendo pra cacete!).


Tive tanta sorte, que a velha malvada se aposentou naquele ano... Reza a lenda de que esse ser ainda vive e vaga pelo mundo...


Depois, na 7ª série, a professora de matemática assombrou a minha vida. Era outro demônio que havia aparecido para me aterrorizar. Tinha cabelos curtos (na verdade eram longos, mas depois de uma chapinha mal feita, queimou seus cabelos.. rsrs). Lembro da cara dela, da voz e do horror daquele ano. Depois de tirar notas baixas o ano todo, a última prova seria a minha chance. Perguntei a ela quanto que eu precisava para fechar e ela num tom irônico, olhou para mim, dando risada, e disse: “Você pra fechar precisa de 9”. Ou seja, ela quis dizer: “Você precisa de 9, mas não vai conseguir!”. Estudei, tirei os 9 e me arrependo de não ter esfregado aquela prova na cara dela! Mas como tinha medo dela, não fiz isso... Desejava coisas horríveis a ela...

Passado esse terror, a faculdade foi um pouco mais tranquila, porém, alguns professores deixaram a desejar... Tive professor que não corrigia prova, professor que mais faltava do que ia, professor que pegou uns livros meus e não me devolveu e professores que literalmente não valiam a aula que davam. O cara entrava na sala para contar histórias sobre a vida dele, que pouco me importava! Nisso, eu assinava a lista e ia embora mais cedo (quando o filho da mãe não segurava a lista até o fim, me obrigando a ouvir a sua biografia)... Mas tiveram alguns (poucos) que realmente fizeram a diferença.

Diante de tudo isso, valorizo os bons professores. Aqueles que realmente sabem ensinar têm um lugar especial guardado aqui dentro de mim. São nesses profissionais que podemos concluir que tudo ainda não está perdido.


Desejo aos mestres um super FELIZ DIA DOS PROFESSORES ! ! !