quarta-feira, 28 de março de 2012

Morte e Páscoa


              Já perceberam que a Morte tem trabalhado muito ultimamente? Só nessa semana ele já levou uns quatro famosos.  Mas sempre fica a questão, quem será o próximo?

             E como a Morte tem trabalhado por atacado, pode ser que ela leve mais de um numa tacada só. O fato é que, para isso não temos escolha e não tem data definida para que isso aconteça. Ninguém ficará para a semente e ainda não descobriram o segredo para a imortalidade, embora ela não tenha tantas vantagens assim. 

            Mas, mudando de assunto e ainda falando em morte. Jesus vai morrer na semana que vem. E, ao contrário dos que se foram, ele volta no domingo! 

A Páscoa é uma data mais comercial que religiosa. Quase ninguém lembra que Jesus morreu e ressuscitou, apenas que os preços dos ovos de páscoa estão pela hora da morte. Supermercados, abarrotados de chocolates diversificados, esperam que seus consumidores gastem fortunas em ovos para toda a família. 

Eu sou chocólatra. Nada me alegra tanto quanto uns quadradinhos de chocolate. A Páscoa seria a data perfeita para celebrar esse vício, mas fico enjoada de chocolate e acho muito caro (acho que é por isso que fico enjoada). E ainda se corre o risco de dois meses depois, encontrar resquícios de chocolate da Páscoa escondidos no armário...

Na verdade, não faço questão se tiver chocolate na páscoa ou não. É tudo uma questão de valores. Pra mim, uma caixa de chocolate e um ovo de 2 kg (que é infinitamente mais caro) não têm a menor diferença, só muda a embalagem e no final proporcionam o mesmo efeito. A diferença de preços é gritante para alguns gramas a mais ou a menos de chocolate. 

            Assim como o Natal, a Páscoa se transformou em comércio. Aonde vamos tem coelhos, chocolate e muitas mensagens induzindo o consumidor a gastar. E o verdadeiro significado dessa data é deixado em segundo plano. São pecadores? Não, são vendedores desesperados, pois precisam ultrapassar a meta do ano passado. 

            Por fim, vou dar uma dica: Deixe para comprar seus ovos de páscoa depois do feriado. Vai pagar em dois quebrados, o preço de um inteiro. Uma economia que dá certo e não mata ninguém, acredite!!
           
Feliz Páscoa!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Qual Marca Você Compra?



             Em uma sapataria qualquer...

             Eu: - Olá! Estou procurando um tênis. 

            Vendedor: - Eu tenho esses. – E me leva até a prateleira dos tênis mais caros, de marca.

             Eu: - Não, quero um tênis mais barato.

            Vendedor: - Mas esses tem amortecedor, são cravejados com cristais de Swarovski, são macios, são de marca e estão na promoção de R$ 699,99 por R$ 599,99!

             Eu: - Não, não... Quero os mais baratos... EU NÃO COMPRO MARCA!   
           
        A conversa não muda. Não importa o que eu queira comprar, o vendedor vai sempre querer vender os produtos mais caros, que carregam uma marca famosa e que é símbolo de status entre as pessoas, mas será que compensa?

         Qual a diferença entre um tênis caríssimo e outro que custa menos de R$ 60? Um tem molas, que amortecem o impacto. O outro é confortável, não tem molas e custa bem mais barato. A questão é que no produto mais caro acaba se pagando o preço da marca. Sem contar que esses produtos são os que os bandidos estão sempre de olho!

          Muita gente gosta da sensação de desfilar com um produto de grife pelo simples prazer do status. Esse prazer faz com que as pessoas mostrem à sociedade uma imagem daquilo que ela não é. O fato de ter um produto de marca, não quer dizer, necessariamente, que essa pessoa tenha uma posição social influente.  

           Alguns afirmam que esses produtos de marca possuem mais durabilidade, pelo fato de serem mais caros. Pura ilusão. Acredito que a qualidade entre os produtos não se torna um diferencial. E acredito também que tanto os produtos de grife quanto os mais baratos, quando bem cuidados, possuem a mesma durabilidade! 

          Apesar dos produtos serem bonitos esteticamente, vemos reportagens mostrando que as fábricas possuem mão de obra escrava e/ou infantil, ou que os funcionários são agredidos. Na verdade, as pessoas que compram esses artigos de luxo estão enriquecendo os bolsos dos donos dessas grandes corporações.  

         Pior ainda é quem compra as “versões genéricas” desses produtos, que custam infinitamente mais baratos, a fim de passar a imagem de que possui dinheiro e poder para adquirir um produto caro. E tem muita empresa que faz produtos semelhantes aos originais com o intuito de induzir as pessoas a comprar a versão falsificada. 



           Portanto, por mais que seja um produto bonito e invejável, mantenho minha posição a respeito e toda vez que entro em alguma loja, a resposta sempre será a mesma: EU NÃO COMPRO MARCAS!

ATÉ A PRÓXIMA! =)