O ano de 2010 foi abençoado com a presença de ilustres músicos em nossa terra. Tivemos o Doogie White e o Dream Theater em março, depois tivemos o Nick Simper acompanhado do Doogie novamente, tivemos o Sonata Arctica, teremos em breve o Avantasia e ontem tivemos o Rhapsody of Fire em apresentação única no país.
Saímos de Taubaté, onde a chuva caía fazia alguns minutos e chegamos a São Paulo, onde o céu estava desabando. Chegamos ao estacionamento perto da casa (Santana Hall) onde o Rhapsody of Fire ia apavorar.
Em poucos minutos, a frente do estacionamento se transformou em uma correnteza e, se não quisesse contrair leptospirose, era melhor ficar ali e esperar a chuva passar. Foi mais ou menos uma hora para a chuva cessar um pouco, de forma que conseguíssemos passar sem ter que molhar os pés...
Em frente ao Santana Hall, uma fila infinita de gente molhada esperava a casa abrir. Esperamos a fila diminuir para não ficar tanto tempo embaixo de chuva. Imaginei que aquele povo todo não caberia dentro do lugar. Vieram pessoas de outros estados e que viajaram horas para ver a banda.
Quando finalmente conseguimos entrar, vimos que o lugar não era lá essas coisas, mas conseguimos uma boa visão do mezanino. De certa forma, aquele não era o lugar ideal para um show de rock. E no palco que outrora tocava o “Calcinha Preta”, naquela noite tocou o “Rhapsody of Fire”.
Abriram o show com a intro “Dar-Kunor” narrado pelo Christopher Lee e emendaram com “Triumph or Agony”. Durante alguns minutos (isso sempre acontece em todos os shows), penso que tudo ali não existe e que são meros hologramas. E depois de um tempo a ficha cai e tudo ali é real.
Depois tocaram “Knightrider of Doom” e me emocionou ao tocarem “The Village of Dwarves”. Em seguida tocaram as famosas “Unholy Warcry”, “Guardiani Del Destino”, “On The Way to Ainor” e fechou esse set com um solo aloprado de bateria.
Voltando, tocaram nada mais que “Down of Victory”, onde perdi a minha voz ao cantar o tão famoso refrão:
“For Ancelot
the ancient cross the war
for the holy town of gods
Gloria,Gloria perpetua
in this dawn of victory”
Depois cantamos a primeira música em italiano da banda, “Lamento Eroico” e cantamos também o clássico “Holy Thunderforce”. A luz apagou e a intro do novo CD “Dark Frozen” começa para emendar com “Sea of Fate”. Em seguida, o baixista nos deu um show de habilidade (odeio solos de baixo, mas esse foi animal!) e fecharam com “March of the Swordmaster”.
As luzes apagaram novamente e todos gritavam “Emerald Sword!”. E voltaram para tocar “The Frozen Tear of Angels”, que foram onze maravilhosos minutos. Saíram aos gritos da platéia pedindo a música que faltava para fechar a noite. Voltaram novamente para nos presentear com a tão esperada “Emerald Sword”, onde cantamos em uníssono o refrão:
“For the king for the land for the mountains
for the green valleys where dragons fly
for the glory the power to win the black lord
I will search for the emerald sword”
Foi um show ensurdecedor, o som estava absurdamente alto, mas foi lindo e todos da banda foram muito carismáticos e interagia em todo momento com a platéia. Fomos embora com a certeza de que fechamos o ano com chave de ouro depois dessa maravilhosa (e chuvosa) noite!
Uma boa semana para nós!